Vendas dos charters para Cuba mostram que Cayo Coco e Varadero são complementares

Varadero e Cayo Coco são destinos que se complementam e os números de reservas que já recolhem comprovam-no, declarou ontem o director-geral da Sonhando, José Manuel Antunes, que no ano passado enfrentou alguns ‘cépticos’ por apresentar um destino cubano quase desconhecido (Cayo Coco) e este ano enfrenta de novo algum ‘cepticismo’ por acrescentar Varadero.
Mas “não vão colidir”, assegura José Manuel Antunes, salientando que a prova de que não há risco de ‘canibalização’ é que “Cayo Coco está neste momento com mais 100% de vendas que no ano passado pela mesma altura e Varadero ainda está com o dobro das vendas [de Cayo Coco]”.
José Manuel Antunes, que falava à imprensa antes da sessão em Lisboa do road-show dedicado a Cuba promovido em parceria pela Sonhando, Solférias e iTravel (para ver mais clique: Cuba já soma mais de 300 reservas dos charters de Verão para Varadero e Cayo Coco), admitiu que “Varadero é mais fácil de vender”, mas sem deixar de destacar que os charters em 2014 para Cayo Coco tiveram “uma ocupação extraordinária”, de 93,7% (ver mais aqui).
José Manuel Antunes salientou, aliás, que o seu objectivo para este ano é repetir “o sucesso do ano passado”, e, segundo revelou, a evolução das vendas vai nesse sentido, sendo que somava a 2 de Abril 317 passageiros, quando no ano passado pela mesma altura tinha 92.
E o Mundo Abreu só começa este Sábado, dia 11, acrescentou, ao destacar que a feira da Viagens Abreu “foi um grande impulso” em 2014 e “este ano esperamos que também seja”.
Um dos motivos para a evolução positiva da procura “tem que ver com razões históricas”, disse o responsável. “Como sabem, esta aproximação dos Estados Unidos faz com que as pessoas pensem que estará a acabar aquela Cuba romântica, comunista” e “há um bocado esse sintoma no ar. As pessoas querem ir lá ver antes que acabe esse romantismo”.
Contudo, “há uns anos” a procura era para “ver o País em termos globais”, enquanto actualmente os turistas portugueses centram-se em ‘fazer’ “praia e Havana”.
A capital cubana é, aliás, “um elemento essencial” e, daí, o “sucesso superior de Varadero em relação a Cayo Coco”, devido à proximidade. “Vai-se de autocarro, é uma hora e pouco de caminho e Cayo Coco é uma hora de avião”, explicou.
A Sonhando também comercializa “o circuito que faz Cuba Colonial, que vai a Trinidad, a Santa Clara, ver o mausoléu do Che Guevara… Mas é uma percentagem entre os 5% e os 8% que fazem esse circuito. É uma percentagem residual. A maior parte das pessoas vai de facto para a praia”, acrescentou José Manuel Antunes.
Este Verão são 5.480 lugares nas duas operações charter que a Sonhando promove em parceria com a Solférias, iTravel, Travelplan e Abreu, com saídas para Varadero aos Sábados e para Cayo Coco às segundas-feiras, de 4 de Julho a 19 de Setembro.
Para 2016, José Manuel Antunes diz que gostaria ainda de acrescentar um terceiro destino cubano. “Talvez abrir um terceiro destino em Cuba. É um bocado o meu sonho, digamos, um projecto que tinha há três anos, que era fazer um destino em 2014, dois em 2015 e três em 2016”.
“Já cumprimos metade do caminho, a ver se cumprimos a outra metade”, frisou.
A Sonhando fechou o ano passado com perto de dez mil programas vendidos, um aumento de quase 300% face a 2013, em que a empresa “estava um bocado inactiva”.