Vincent Vanderpool-Wallace, ministro do Turismo das Bahamas

11 de Julho de 2008 7:25am
godking

Alguns dias depois da sua saída do cargo de secretário-geral da Organização de Turismo do Caribe (CTO) para assumir o Ministério do Turismo das Bahamas, a Caribbean News Digital publica esta entrevista exclusiva com Vincent Vanderpool-Wallace, realizada durante a recente Cúpula de Turismo do Caribe.

Para começar, gostaria que o senhor explicasse as novidades do trabalho da CTO.

Há algumas novidades. Primeiramente a diretoria da CTO decidiu a criação de um Conselho de Ministros e Comissionados que será a entidade de maior hierarquia na CTO, tendo como missão o estabelecimento de políticas. Assim, a Diretoria vai estar constituída pelos diretores de turismo para a execução dos programas.

Foi aprovada também a criação de um Comitê Executivo com representantes do Caribe holandês, hispânico, de língua francesa e inglesa, o que vai garantir maior representatividade e perspectiva.

Ao mesmo tempo contamos com a Companhia para o Desenvolvimento Turístico do Caribe e Enrique de Marchena assumiu a presidência da Associação de Hotéis do Caribe (CHA). Ele vai ser a pessoa encarregada de dirigir o trabalho na Companhia a partir da perspectiva da CHA.

Quais as ações concretas da CTO em conjunto com a CHA?

Estamos reduzindo a quantidade de reuniões, que agora são feitas em conjunto. Na Cúpula Anual de Turismo do Caribe tivemos um evento conjunto da CHA e da CTO. Da mesma maneira vamos realizar uma conferência anual de Marketing, outra de Recursos Humanos e outra de Turismo Sustentável. Queremos ampliar a nossa perspectiva acerca do que é o Caribe e sua comercialização.

Por outro lado, estamos trabalhando com as companhias aéreas que é o maior problema da região neste momento. Estamos tentando criar um centro de distribuição ou "hub" e acho que a República Dominicana seria uma boa opção para isso. Depois iríamos nos concentrar em mercados como o México, América Central e América do Sul, principalmente no Brasil. O Caribe sempre ignorou esses mercados apesar de estarem tão perto.

Agora o tema mais importante é o dinheiro para a implementação dessas idéias. Nesse sentido, esperamos que a próxima reunião dos estados membros da Comunidade do Caribe (CARICOM), em Antígua, aprove um fundo para a promoção da região.

Acha que a política da CTO para a Europa é a mais adequada?

Temos ampliado muito os nossos projetos para a Europa, daí a necessidade dos fundos. Temos representações na Espanha, França, Itália ou Alemanha, mas não é suficiente. Precisamos de maior força nesses mercados e para isso são necessários os recursos que possam contribuir para a concretização dos projetos que temos. Nosso objetivo é arrecadar de 60 a 100 milhões de dólares anuais.

A Companhia para o Desenvolvimento do Turismo do Caribe é responsável pela comercialização do Caribe no mundo todo e isso permite que a CTO e a CHA concentrem seus esforços nas suas políticas respectivas e no que diz respeito à direção e à área administrativa.

Têm planos para a Fitur?

Vamos participar da Fitur, mas queremos que seja uma participação mais sólida, com presença de maior quantidade de países caribenhos. Pretendemos a mesma coisa na feira de Milão e no road show que vamos realizar na Rúsia no final de 2008, mas é preciso ter os recursos financeiros para que os nossos membros possam participar desses eventos.

O Caribe estaria melhor representado a partir de uma maior presença dos nossos membros na Fitur. Temos uma melhor representação na WTM de Londres porque temos um fundo central que permite a participação dos nossos membros a partir de preços mais econômicos. A mesma coisa acontece com a feira de Berlim e é isso que pretendemos com a Fitur, mas isso passa pelos recursos econômicos.

A CHA transferiu seus escritórios para Miami enquanto a CTO ficou em Nova York e Barbados. Têm outros planos nesse sentido?

Temos um espaço em Miami nos escritórios da CHA e temos pensado em transferir todas as operações para Miami. A proposta está sendo analisada pela nossa Diretoria. Pensamos que ambas as organizações devem estar no mesmo lugar.

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