Mudança climática e turismo, desafios de Machu Picchu

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A mudança climática e a gestão do turismo em massa são os "maiores desafios" que enfrentará o Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu (Peru) nos próximos anos, afirmou recentemente seu diretor, Fernando Astete, quem leva 30 anos no posto.

Desde 1 de janeiro começou a funcionar a entrada ao Parque em horário escalonado, dada a quantidade de pessoas que se acercam para o visitar.

Segundo seu diretor, ainda quando se combate a aglomeração de pessoas com esta lei, o turismo seguirá sendo um desafio, pois não existe limite diário de visitantes.

“Todos os dias recebemos uma média de quatro mil pessoas em uma llaqta (antigo povoado andino) onde costumavam viver 400 e que foi pensado, como máximo, para 1.500", explicou o antropólogo que situou em 5.600 o número máximo de visitas diárias que o parque pode suportar.

Em 2018, passaram por Machu Picchu, um milhão 492 mil 328 pessoas e a taxa de crescimento do turismo no local é estimada em torno de 11 por cento, enquanto no resto do país como um tudo cai até o quatro.

De igual forma explicou que a mudança climática representa um segundo desafio para a conservação deste local, que vê como algumas de suas rochas escurecem e como o solo se deteriora.

"Muitas das paredes de Machu Picchu escureceram. Ao subir a temperatura, a flora que estava em um nível geográfico mais sob também sobe e se instala em as paredes, causando uma biodeterioração ", relatou o responsável pelo parque em uma conversa realizada em o Instituto Ítalo-Latino-Americano (IILA) de Roma, recentemente.

Por enquanto foram provadas técnicas de branqueamento baseadas em o uso de plantas locais, já que "se as rochas fossem tratadas com produtos químicos, a deterioração poderia ser ainda maior".

Outro problema que é que chove muito e o solo se deteriora, em parte pelos turistas que usam botas de montanha. A cada 15 dias calculamos calcula-se o nível de degradação e “trazemos material, de trem, para a reparação”.

Machu Picchu, foi declarada Patrimônio da Humanidade em 1983.

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